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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Parentalidade Positiva

psicologia positiva enquadra as questões da parentalidade, pela forma científica e rigorosa, quando estuda e identifica as intervenções que constroem e promovem a gestão saudável e feliz das emoções entre pai e filhos. 

As habilidades individuais determinam a adaptação psicológica do individuo ao meio, sendo por isso de extrema importância dotar as figuras parentais de competências emocionais e sociais e de responsabilidade na transmissão das mesmas. 

A educação parental não pode basear- se no controle de comportamentos, mas sim na compreensão das emoções que os explicam. 

Educação Positiva tem consequências abrangentes, formadoras e permanentes. Isto porque forma e desenvolve recursos intelectuais que irão ser utilizados posteriormente pela criança.Nos primeiros anos de vida o desenvolvimento social, cognitivo e físico é determinante sendo naturalmente exponenciado pelas brincadeiras naturais e pela boa disposição presente nas crianças. 

As emoções positivas facilitam actividades de exploração, que por sua vez, permitem um maior domínio, e este, o desenvolvimento de novas emoções positivas. 

Outro aspecto importante na relação precoce com os filhos é olhar as emoções positivas tão seriamente como as negativas e, as suas forças, de forma tão atenta quanto as fraquezas. Nos primeiros anos de vida a principal tarefa daEducação Positiva é desenvolver e educar para as Emoções Positivas. 

Em síntese, são três os princípios básicos na Educação Parental: Emoções positivas desenvolvem fortes características individuais; emoções positivas geram emoções positivas e conhecer o seu filho significa identificar as suas forças, tão bem quanto as suas fraquezas. 

Educar o nossos filhos para o optimismo, vai-nos permitir viver com mais felicidade e bem- estar e co-construir uma geração mais confiante, sorridente e positiva. 

TRANSMITA A SUA APRECIAÇÃO E ADMIRAÇÃO À CRIANÇA

Um factor importante que contribui para uma criança desenvolver saudavelmente a auto-estima é ela sentir que é apreciada por aquilo que faz. Tão importante como ser apreciada pelos seus comportamentos é sentir-se especial. A criança sente-se especial não só quando sentimos orgulho nas suas habilidades, mas sim quando ela percebe que mesmo errando, tendo dificuldades e falhando, o adulto está ao lado dela, acarinhando, incentivando e suportando a sua frustração.
Como desenvolver a auto.estima nas crianças ?


A autoestima é um conceito individual que se constrói ao longo de uma vida. Em tenra idade os pais e educadores têm um papel fundamental na regulação e promoção da autoestima nas crianças. Para o bem e para o mal, aquilo que vamos dizendo, ou não vamos dizendo, a forma com reforçamos a criança e o que vamos associando ao valor pessoal que expressamos reconhecer na criança, certamente influencia a construção da autoestima dela.  Uma boa autoestima é essencial para o desenvolvimento das crianças. É o alicerce de tudo o que fazem, de tudo o que elas são. Podemos afirmar que é o alicerce do seu futuro.
Ouça, aceite, discipline e estabeleça limites no comportamento da criança para contribuir para a construção de uma boa autoestima. Permita à criança ter decisões independentes para que possa desenvolver uma autoestima positiva. As crianças precisam da aceitação dos adultos, a fim de desenvolverem uma autoestima positiva. Toda a criança procura afeto, aprovação e reconhecimento junto dos seus educadores e pessoas significativas. Quando algum destes elementos lhe é barrado, a criança sofre com isso, coloca-se em causa, pode sentir-se desadequada no meio onde se movimenta afetando-lhe negativamente a autoestima.
A autoestima é construída pelo elogio realista. As crianças sabem quando o elogio não é realista. Ajudar a sua criança a crescer com uma forte  autoestima é uma das coisas mais importantes que você pode fazer como pai ou educador. Você é a principal influência sobre a forma como a criança se sente relativamente a ela e à sua autoestima. As crianças são um espelho dos seus modelos.
É imperativo que a criança se sinta amada, apoiada e aceite para edificar uma autoestima sustentada. As crianças com a autoestima elevada percepcionam-se capazes de enfrentar os seus desafios, propõe-se à realização das tarefas propostas e resistem melhor à frustração

PROMOVA O DESENVOLVIMENTO DE UMA BOA AUTO-ESTIMA ACEITANDO A CRIANÇA

Aceitar a sua criança, não propriamente todos os seus comportamentos, ou seja, numa situação em que a criança faz algo que não deveria ou que o adulto desaprova, deve referir que não gostou do seu comportamento, ao invés de dizer que não gosta dela. Este tipo de abordagem permite que a criança também se aceite a ela mesmo, consiga fazer uma distinção entre aquilo que ela é e a forma como age.  Este é o fundamento da auto-estima. Aceitar a criança sem mudá-lo enquanto individualidade que é, mas sim ir adequando, regulado e monitorizando os seus comportamentos e atitudes. Faça a sua criança sentir-se valorizada no sentido de que se fizer algo de errado, não fique com a sua individualidade ferida, dando-lhe a oportunidade de ela perceber que pode agir de outra forma. A sua autoestima fica intacta, e promove a aprendizagem de comportamentos positivos e atitudes positivas.  Valide a experiência da sua criança para que ele/ela se sinta entendido como uma pessoa digna, mesmo quando o comportamento está sendo corrigido.
Use as palavras “decidir” e “escolha” muitas vezes. Saliente as consequências das escolhas. Esclareça que ela tem a possibilidade de decidir de forma diferente numa próxima oportunidade.



DEIXE DE SE COMPARAR

Pare de se comparar a outras pessoas. Uma baixa auto-estima decorre do sentimento de sentir-se inferior aos outros. Por exemplo, se você fosse a única pessoa no mundo, você acha que poderia ter  uma baixa auto-estima? A auto-estima só entra em cena quando há outras pessoas à nossa volta e percebemos que somos inferiores. Não se preocupe com o que seu vizinho está fazendo.Perceba o que quer, daquilo que é capaz, e eventualmente o que tem de melhorar ou mudar para alcançar os seus objetivos ou sonhos. Ainda que todos nós possamos ter um tendência quase inata para a comparação, tente relativizar  o máximo que conseguir quando sentir que se está a comparar.  Podemos ter algumas pessoas que nos sirvam como modelo, mas se assim for, isso deverá servir para perceber em que deveremos trabalhar ou desenvolver para nos aproximarmos daquilo que queremos e não para nos depreciarmos. Certamente que se nos comparamos com alguém que nos serve de modelo, estaremos provavelmente alguns passos atrás. Se accionarmos uma visão construtiva e positiva iniciaremos um conjunto de açções, passo  a passo, pouco a pouco seguiremos para a obtenção do resultado desejado.

Descrições de uma baixa-auto-estima:

  • Você pensa excessivamente sobre si mesmo, e analisa porque razão você é do jeito que é.
  • Você tem medo da adversidade, o que lhe provoca uma enorme angustia. Você pode ser alienado em relação e em oposição  aos seus pais, cuidadores e figuras de autoridade em geral.
  • Você não sorri facilmente. Você pode ter uma visão negativa, desesperançada de si mesmo, da sua família e sociedade.
  • Você sente-se muito cansado. Você pode estar relutante ou incapazes de definir e alcançar os seus objetivos.
  • Você fica com você mesmo. Você prefere ficar sozinho do que conhecer novas pessoas e estar com os outros.
  • Você afasta as pessoas. Você tem dificuldade em fazer e manter amigos.
  • Você evita olhar nos olhos dos outros. Você tem dificuldade com a confiança verdadeira , intimidade e afecto.
  • Você recusa-se a assumir riscos. Você sente-se carente e pode ter uma tendência a apegar-se à falsa independência.
  • Você pode criar efeitos e situações negativas. E em casos extremos, pode ser anti-social e talvez violento.
  • Coisas que outros não podem observar incluem: Você fala para si mesmo de forma negativa, você não diz a verdade  e/ou nem mantém a sua palavra, você não perdoa a si mesmo ou aos outros. Você pode não ter empatia, compaixão e remorso.
Aumentar a auto-estima implica algumas mudanças de comportamento. O comportamento vai mudando com a prática e a intenção. A auto-estima é uma realização, um processo que energiza e lhe dá motivação. Não é algo que nós temos, mas  desenvolve-se com a experiência das coisas que fazemos. A auto-estima é a experiência de ser capaz de  enfrentar os desafios e promover a felicidade.

Auto-estima


Auto -Estima


 Consegue lembrar-se da última vez que teve um desequilíbrio emocional, em que as crenças em si próprio e as suas capacidades desapareceram? Como é que conseguimos manter as crenças que temos em nós de forma a vivermos menos ansiosos e com mais alegria?
Imagine as coisas que conseguiríamos realizar se tivéssemos a crença que éramos capazes de nos propor a fazer qualquer coisa (dentro dos limites do aceitável) para atingir os nossos sonhos e objectivos, especialmente se conseguíssemos manter um nível de auto-estima que não fosse abalado perante nenhuma circunstância. O que é que você faria?

A auto-estima surge da auto-imagem positiva que temos de nós, é algo que de forma pro-activa construímos. A auto-estima não se constrói na passividade, nem quando pensamos que vem dos acontecimentos exteriores, a auto-estima desenvolve-se no mundo real. O que se pretende é uma construção sólida, e isto só é possível a partir do nosso interior.

Durante as nossas rotinas diárias, a mente é especializada em procurar todo o tipos de coisas ou situações que fizemos mal, e certificar-se que estamos conscientes disso. Com esta força e tendência contra-produtiva que a nossa mente tem, beneficiaremos muito em regularmente trabalharmos no sentido de construir a nossa própria imagem. É comummente aceite que a forma como nos vemos a nós próprios afecta directamente tudo aquilo que fazemos. Pessoas com a auto-estima elevada, promovem a capacidade para serem felizes, aumentam o seu bem-estar e consequentemente a produtividade nas suas vidas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012



Diferença entre neurose e psicose



Na neurose o indivíduo além de saber que é um neurótico, ele tem plena consciência dos seus atos, mas não consegue controlá-los, já os psicóticos não têm essa consciência, eles perdem a noção da realidade.

Os sintomas mais frequentes de um neurótico são:

  • Insatisfação geral, excesso de mentiras, manias, problemas com o sexo, dentre outros. Exemplos deles são o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

  • Depressão e a Síndrome do Pânico. 
Já a psicose é marcada por fases de delírios e alucinações. Podemos dar como exemplo de psicose a Esquizofrenia, o Transtorno Bipolar e o Autismo.Há cura para a neurose, já para a psicose não há cura definitiva.


Surto Psicótico

Surto Psicótico é um episódio de dissociação da estrutura psíquica do indivíduo, fazendo com que este mostre comportamentos socialmente estranhos e diferentes, devido à momentânea incapacidade de pensar racionalmente.
Começar o tratamento nos primeiros surtos evita sérias complicações e agravamento da psicose. Quanto mais cedo começarem o tratamento melhor o prognóstico do paciente.Os surtos são comuns na esquizofrenia e podem ocorrer na fase maníaca aguda do transtorno bipolar.

Características

Durante o surto podem ocorrer manifestações de paranóiaalucinações e delírios.
O surto geralmente dura algumas semanas e pode ser encurtado de acordo com a medicação administrada. A medicação também pode impedir um surto ou torná-lo menos grave se ocorrer. Normalmente o surto é precedido por comportamentos estranhos do indivíduo, que só podem ser detectados poucos dias antes que este entre em crise. Sendo assim, é muito importante acompanhar pacientes nesta situação a fim de medicá-los antes do início do surto.
Segundo o DSM IV, um dos sintomas para se diagnosticar esquizofrenia é a duração do surto de, no mínimo, seis meses.
Não pode ser transmitida para outras pessoas, é uma desorganização mental grave e não tem poder para induzir outras mentes a fazer o mesmo. Surtos psicóticos também podem ocorrer em individuos portadores de diabétes tipo 1, pela incidência de baixas taxas de açúcar.
Quando os surtos psicóticos começam antes dos 20 anos o prognóstico é pior. A idade de início da esquizofrenia no homem (15 a 25 anos) é menor que na mulher (25 a 35 anos).
O surto psicótico é um importante preditor de esquizofrenia. É importante que nos primeiros surtos psicóticos haja uma intervenção na família, pois os surtos são altamente desestruturantes da estrutura familiar e a participação da família é essencial no tratamento das psicoses.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Portugueses descobrem principal causa da doença de Parkinson


Uma equipa de investigadores de Coimbra descobriu que a principal causa da doença de Parkinson será a disfunção da mitocôndria, responsável pela produção de energia nas células, "contrariando algumas das últimas teses científicas" sobre a patologia.
A Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente progressiva e que se manifesta através de rigidez muscular, tremores, diminuição da mobilidade e instabilidade postural.

Afetará "mais de quatro milhões de pessoas em todo o mundo" e "em mais de 90% dos casos" é de origem desconhecida, disse à Lusa Sandra Morais Cardoso, líder do grupo de investigadores, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (UC).

O estudo, publicado na revista "Human Molecular Genetics", vem demonstrar que "a deficiência no tráfego intracelular (autoestradas celulares) é provocada pela disfunção das mitocôndrias dos doentes", que são responsáveis pela produção de energia nas células, refere uma nota divulgada pela UC.

Sandra Morais Cardoso explica que "a disfunção mitocondrial é o evento que está na base da deficiente autofagia, o mecanismo através do qual ocorre a degradação de organelas disfuncionais e de proteínas danificadas", que permite eliminar o lixo biológico que se acumula ao longo do envelhecimento e que se não for expulso leva à morte das células.

A investigação, que tem como primeira autora a aluna de doutoramento Daniela Moniz Arduíno, vem também demonstrar que a ativação de uma autofagia deficiente, por si só, "é pior para o envelhecimento das células", prejudicando ainda mais o paciente.

"Até agora, julgava-se que a ativação da autofagia era boa para as células, mas verifica-se que isso não basta nos doentes de Parkinson, há também que promover as autoestradas celulares", sustenta Sandra Morais Cardoso.

A descoberta, "infelizmente, não se traduz numa cura da doença a curto prazo", mas "fornece novas pistas importantes para o desenvolvimento de futuros fármacos que previnam a interrupção do tráfego e, deste modo, assegurem o normal transporte intracelular", no entender da investigadora.

O desafio agora, disse, é perceber "como a função da mitocôndria leva à destabilização das autoestradas celulares".

A investigação foi realizada com base em células de doentes com Parkinson e desenvolvida ao longo dos últimos quatro anos, com financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

OS SIGNIFICADOS DA NEUROPSICOLOGIA


(Universidade de Coimbra/Associação dos Psicólogos Portugueses, APPORT)
CONFERÊNCIA APRESENTADA AO I CONGRESSO PORTUGUÊS DE NEUROPSICOLOGIA
IPAF


Gostaria de, em primeiro lugar, saudar todos os presentes, e desejar-vos um frutuoso trabalho e são convívio.
Gostaria, igualmente, de agradecer à Organização do I Congresso Português de Neuropsicologia o honroso convite que me foi endereçado, e dizer-vos que a minha presença, hoje e aqui, está repleta de significados – na minha posição de Presidente da Direcção Nacional da Associação dos Psicólogos Portugueses, APPORT, de académico, de psicólogo, e mesmo, de cidadão. Destes significados mais institucionais, mas também, dos significados científicos e técnicos, que eu, como mero aprendiz desta nova disciplina, me atreverei a falar, espero que surjam novos estímulos e alento para que cada vez mais os organizadores desta louvável iniciativa, e todos os presentes, se arrojem em novos passos para a necessária caminhada das ciências sociais, do desenvolvimento, da educação e da saúde.
Como Presidente da APPORT, congratulo-me que um digno membro de uma das mais novas divisões – a de Neuropsicologia e Neuropsicofisiologia -, e refiro-me honrosamente, e agradecidamente, ao Dr. Quintino Aires, tenha metido ombros a uma sempre complexa e árdua tarefa de organização de um congresso. Um jovem psicólogo, e uma jovem equipa, dão a este congresso um significado especial – se poderíamos esperar que uma disciplina complexa e inovadora como a Neuropsicologia se ficasse pelos primeiros passos titubeantes, e amedrontada pelas conotações e interesses médicos e outros, eis que pelo contrário, se afirma com coragem.
A Divisão de Neuropsicologia tem-se afirmado como exemplo para as outras divisões da APPORT, talvez demasiadamente instaladas, e eis que da iniciativa dos seus mais diversos membros surgem, a título de apenas exemplos, um curso de Neuropsicologia Clínica no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, um projectado I Simpósio de Neuropsicologia no Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, e aqui e agora, este I Congresso Português de Neuropsicologia. Fica, assim, vincado este primeiro significado – o da coragem!